Governo espera alívio político com CPI da CBF

maio 29, 2015 0 Por mediai

Reprodução
Investigação sobre futebol dilui noticiário negativo que afeta governo
O governo espera conseguir alívio político com a criação da CPI do futebol no Senado, um efeito direto da investigação americana sobre corrupção na Fifa.
O Palácio do Planalto tem interesse nos trabalhos desta comissão porque isso ajuda a diluir o noticiário negativo sobre o governo Dilma, sobretudo na parte econômica, e também a repercussão da Lava Jato.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já disse que a Polícia Federal também vai apurar ligações de brasileiros com os casos da investigação dos Estados Unidos sobre a Fifa. A ação rápida de Cardozo deve ser vista no contexto do interesse do governo na CPI e na investigação
A CPI do futebol poderá aprofundar questões que ficaram engavetadas na antiga CPI da Nike devido ao lobby feito à época por Ricardo Teixeira, que presidia a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Hoje, a entidade está mais desgastada do que há 15 anos, quando Teixeira conseguiu melar aquela CPI.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve uma vitória inegável ao colocar na Constituição uma regra que estabelece a contribuição de empresas para os partidos. Agindo com competência política, ele revertou em menos de 24 horas a derrota que havia tido na terça.
A regra ressuscita a chamada doação oculta, o que resulta em menor transparência. Ou seja, a empresa doa para candidato por meio do partido uma verba já carimbada.
Também foi aprovado nesta quarta o fim da reeleição. Ainda será preciso votar novamente esse tema na Câmara, que depois seguirá para o Senado. Hoje, há sinais de que o fim da reeleição deverá ser aprovado. Afinal, o PSDB, que a criou, e o PT, que dela usufruiu, votaram contra a sua manutenção.
No entanto, ainda falta um longo caminho até a reforma da Câmara chegar aos senadores, que também a apreciarão, fatiadamente, em dois turnos de votação. 
São informações do Blog do Kennedy/IG.

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