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abril 20, 2023Gabinete de Segurança?
A CNN mostrou, em primeira mão, imagens do gabinete da Presidência da República no dia 8 de janeiro e a atuação de integrantes do famoso GSI – Gabinete de Segurança Institucional. São mais de 20 horas de gravação e o que se vê é bastante perturbador. O ministro-chefe do gabinete, Marco Gonçalves Dias, estava no local junto com os invasores. Mesmo depois de iniciada a selvageria, imagens mostram o militar abrindo a porta gentilmente aos vândalos e outros servidores do gabinete permitindo o acesso. Em outro momento, carros da polícia deixam a pista que leva os manifestantes ao Palácio do Planalto, o estacionamento fica desguarnecido. Caminho livre. Instantes depois, seguranças estavam de serviço na portaria do Palácio, abandonam os postos. Há um militar que aparece fazendo sinal de positivo para quem invadia o prédio e sem reação quando um homem pega um extintor de incêndio para destruir uma vidraça. O ministro chegou a dizer que foi ameaçado pelos invasores, mas a ameaça não aparece nas imagens do circuito interno.
Demitido
Depois da divulgação das imagens, o ministro, Gonçalves Dias, teve reunião com o presidente Lula e outros ministros. A pauta era a única possível: o pedido de demissão do cargo depois das imagens flagrantes de colaboração ou, no mínimo, negligência diante da invasão. Pedido aceito. O ex-interventor na segurança pública do DF, Ricardo Capelli, será o novo ministro interino do GSI.
Sai convite, entra Convocação
A CPI contra os atos de 8 de janeiro (e seus antecedentes do mês de dezembro) vai mudar o tom. Está ficando de lado a ideia de convidar autoridades para quem falem sobre o contexto em que tudo aconteceu. Os deputados distritais esperavam ouvir o General Augusto Heleno, que chegou a confirmar presença, mas desistiu. Agora, quando tratar-se de autoridade militar, a ordem é convocar. Não é mera questão formal. Um convidado vai se quiser e fala o que quiser. Já os convocados são obrigados a ir a menos que tenham autorização judicial para faltar.
Concurso urgente
Documentos mostram o tamanho do avanço do desmatamento e demais formas de destruição do meio ambiente nos últimos anos. O tamanho das equipes de proteção da biodiversidade nunca foi o ideal, mas, segundo fontes de dentro dos órgãos ambientais a necessidade de conter gastos e interesses setoriais fizeram com que a pauta ambiental fosse sucateada por dentro. O Brasil reduziu a fiscalização. Por isso, o presidente do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – pediu ao Ibama a autorização de concurso público para prover 887 cargos na área ambiental.