Justiça decreta fim da greve dos professores

Justiça decreta fim da greve dos professores

maio 7, 2023 0 Por editor

Corte do ponto e multa tentam dobrar categoria

A justiça determinou o fim da greve dos professores iniciada na semana passada. A ordem é para retorno imediato às atividades sob pena de multa de R$ 300 mil por dia em caso de descumprimento. A conta doeria no bolso do Sindicato dos Professores do DF. Não ficou só nisso. O desembargador Roberto Freitas Filho, do TJDFT (Tribunal de Justiça do DF e Territórios) também obriga o GDF a cortar o ponto de quem não comparecer às escolas para trabalhar normalmente nesta segunda-feira.

O argumento exposto na sentença é o de que mães e pais não dispõe de alternativas para deixar seus filhos em segurança a não ser na escola. Além disso, alega que uma parcela dos estudantes da rede pública contam com alimentação mais completa quando estão em atividade nas escolas.

Movimento

A greve começou na semana passada depois de duas assembleias organizadas pelo SinproDF. O movimento veio como reação ao reajuste aprovado pelo legislativo e sancionado pelo executivo de 18% a ser pago em três parcelas anuais. O primeiro pagamento na folha dos servidores deve ocorrer em junho. A adesão à greve foi um argumento utilizando pelo Sindicato como prova de que a defasagem ao longo dos últimos anos é maior do que o percentual previsto pelo GDF. Antes da determinação judicial – publicada hoje – o Sinpro já havia marcado nova assembleia para o dia 11 de maio a fim de avaliar a posição da categoria.

Governo

Já o GDF diz que o esforço financeiro é grande e alega que o aumento proposto é maior do que o oferecido pela União aos servidores federais. Enquanto isso, negocia pagamento dos 18% à vista para os servidores da segurança (pagamento previsto com recursos da União via Fundo Constitucional e não pelo caixa local). O governo aguarda alguma movimentação dos professores para amanhã. Dificilmente, o Sinpro fará uma interrupção da greve sem assembleia para consultar a categoria, mas os próprios professores podem decidir pelo retorno para evitar o corte do ponto.

Foto: Zé Cruz / Agência Brasil

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