A Volta aos Anos 80: Nada de “Década Perdida”. Só diversão, alegria e nostalgia

A Volta aos Anos 80: Nada de “Década Perdida”. Só diversão, alegria e nostalgia

julho 30, 2024 2 Por editor

*Luciano Lima

A década de 80 é lendariamente conhecida como a década que nunca acabou. Particularmente, sempre estive preso nos anos 80 que, para mim, foram de grandes descobertas. Se economicamente foi considerada a “década perdida”, na cultura, principalmente na música, é referência e reverenciada até hoje no cinema e na TV.

Meu filho Pedro Henrique uma vez me perguntou: “Pai, por que o senhor é tão apaixonado pelos anos 1980?”. E a forma mais objetiva que encontrei para responder é que “foram anos de uma certa inocência, das verdadeiras amizades e que só queríamos nos divertir”. Mostrei a ele que musicalmente foi a década mais marcante no Brasil e em vários países do mundo. E não parei por aí. Mostrei ao meu filho tudo que tinha, aos meus ouvidos, de mais criativo e fantástico na época.

Em Brasília, a música e a cultura oitentista ganharam há 29 anos um evento que marcaria toda uma geração saudosa de boa música e dos comportamentos ingênuos. A festa “A Volta aos anos 80” surgiu em 1995, idealizada pelo produtor Paulinho Madrugada, para resgatar toda a nostalgia que fez com que muita gente, como este jornalista, parasse no tempo por algumas horas. Eu não nego que me emocionei muitas vezes na festa lembrando de amigos, que já não estão mais neste plano ou que nunca mais tive contato, e de shows que deixaram marcas indeléveis.

A grande verdade é que “A Volta aos Anos 80” se transformou em um “altar” para que milhares de amantes dessa gênese pudessem celebrar a saudade e as amizades que foram eternizadas. Perdi a conta de quantas pessoas encontrei na festa depois de décadas sem nenhum contato. Muitos namoros perdidos no passado oitentista foram reatados depois que a festa surgiu.

No próximo dia 10 de agosto de 2024, a década 80 terá mais uma celebração que tem tudo para ficar na história. O palco será novamente a Piscina de Ondas, outro símbolo dos anos 1980 da capital de todos os brasileiros. E desta vez será realmente a última festa “A Volta aos Anos 80” no histórico espaço que deixou saudade em quem teve a alegria de frequentar e no imaginário de muitas crianças e adolescentes que, na época, não tinham condições de pagar o ingresso e só tiveram a oportunidade de entrar pela primeira vez, muitos anos depois, por causa da festa.

Portanto, espero que todos os amantes “da década que nunca acabou” possam ter novamente e, pela última vez, a oportunidade para conectar as lembranças de um passado tão marcante e extraordinário com os azulejos de um espaço que, mesmo sem as ondas, ainda causa um verdadeiro turbilhão de emoções.

*Luciano Lima é historiador, jornalista, radialista e oitentista convicto

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