Depoimento adiado

Foi adiado o depoimento do ex-ministro da justiça, Anderson Torres, à Polícia Federal. O tema é a série de operações montada pela Polícia Rodoviária Federal no exato dia do segundo turno das eleições de 2022. As investigações coordenadas pela PF chegou a um documento que mapeou os municípios do nordeste brasileiro que mais votaram em Lula no primeiro turno. A suspeita é de que de posse desse mapeamento, barreiras foram montadas nas estradas para impedir que eleitores do PT chegassem aos locais de votação a tempo de registrar o voto. Torres era o comandante das forças de segurança, entre elas, a PRF. Ele segue preso desde que voltou ao Brasil vindo da Flórida, Estados Unidos, onde perdeu o celular.

Saúde

A defesa de Torres tem pedido com regularidade a troca do regime imposto ao ex-ministro, de prisão para regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. O último pedido de soltura foi negado na semana passada sob o argumento de que o ex-ministro impediu que a investigação tivesse acesso ao seu telefone celular. Sem sucesso pelas vias judiciais, a tentativa é evidenciar um quadro de saúde comprometido pela detenção que começou em janeiro. Já veio a público o fato de o ex-ministro ter perdido peso (12 quilos), estar deprimido, com sintomas de ansiedade e o que o psiquiatra classificou como “pensamentos ruins.” Foi exatamente as condições de saúde e um relatório médico que garantiram a suspensão do depoimento de hoje

Foto: Vinícius de Melo/VGDF