Brasil em Paris 2024: que venham muitas medalhas, sejam elas de atletas pretos ou brancos

Brasil em Paris 2024: que venham muitas medalhas, sejam elas de atletas pretos ou brancos

agosto 6, 2024 0 Por editor

*Luciano Lima

As conquistas olímpicas do Brasil são de todas as raças, cores, religião e orientação sexual. Querer exarcebar divisões é subjugar para enfraquecer com vários objetivos e um deles é servir a causas político-ideológicas. E alguns veículos de comunicação estão errando feio a mão com discursos e matérias bem chatas.

Rebeca Andrade, Beatriz Souza e Tatiana Weston-Webb, por exemplo, são mulheres brasileiras e maravilhosas. Se as nossas medalhistas são brancas ou pretas, é apenas uma detalhe. O que realmente importa é a vontade de vencer e elevar o nome do Brasil, um país que não tem políticas públicas consistentes e duradouras de incentivos ao esporte. Ou seja, as dificuldades de sobreviver do esporte são as mesmas para todas as “cores”.

O caráter ou a competência de um homem ou de uma mulher não se mede por sua raça, etnia, gênero, orientação sexual, religião ou condição social. Não podemos aceitar que nos pautem por essas divisões.

A covarde divisão em grupos antagônicos é uma estratégia clássica de manipulação identitária. É a maneira mais fácil de enfraquecer e desunir uma sociedade. É dividir para conquistar.

Termino com a frase marcante da maior medalhista da história do esporte brasileiro, a ginasta Receba Andrade: “Eu sou preta e vou representar preto, branco, pardo, todas as cores”.

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

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