Mobilidade

Mobilidade

abril 24, 2023 0 Por editor

Há tempos o DF busca soluções para a mobilidade. A região sobre com o transporte ponto a ponto por causa da concentração habitacional fora dos centros onde está a maioria dos empregos. O fenômeno chamado ‘gentrificação’ leva as pessoas a morarem em periferias (onde os salários dão conta dos alugueis, por exemplo) enquanto buscam emprego em áreas mais centrais (com salários mais atrativos). Por isso, temos muita gente embarcando no ponto de origem das linhas de ônibus e desembarcando em massa na rodoviária do Plano Piloto, ou “fim da linha”. Nisso, o DF é diferente de São Paulo e outras cidades, onde o publico que embarca em um ônibus vai trocando ao longo do trajeto. Assim, um veículo paulista carrega muito mais gente do que outro em Brasília mesmo que a linha tenha mais ou menos a mesma extensão.

A saída é investir pesado em transporte coletivo para cada vez mais pessoas – ao mesmo tempo e que se criam mais áreas de habitação em pontos centrais, como por exemplo, ocupando edificações ociosas. Diversas cidades estão dando conta da tarefa. Uma delas é Lisboa. O VP conversou com o Diretor da Empresa de Mobilidade e Estacionamentos de Lisboa, Óscar Rodrigues, em um fórum de mobilidade organizado no Distrito Federal. Rodrigues deixou claro que a estratégia é cobrar cada vez mais caro para o estacionamento de carros e oferecer mobilidade para todos em diversos modais.

“Quando passamos a oferecer bicicletas de aluguel para os moradores de Lisboa, ninguém acreditava que daria certo. Diziam que Lisboa tem sete colinas e que não se pedala em colinas… atualmente, temos que conter o grande número de empresas de aluguel de bicicletas. Elas estão por toda parte.” – Óscar Rodrigues – diretor da Empresa de Mobilidade e Estacionamentos de Lisboa.

Para quem gosta do tema e quer se aprofundar, o Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru/UnB) em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) realizam o painel “Mobilidade Urbana – Desafios e melhores práticas – Estudo de caso Lisboa e Distrito Federal”. A ideia é reunir pesquisadores e gestores públicos para a formulação de políticas de mobilidade com segurança, de forma sustentável, saudável e prazerosa. 

O evento – aberto ao público – é amanhã, 25 de abril, das 9h às 11h, na Finatec. A participação é gratuita, mas é preciso fazer a inscrição pelo Sympla. Entre os convidados estão o professor doutor Tiago Lopes Farias, da Universidade de Lisboa – Instituto Superior Técnico; a professora doutora Fabiana Serra de Arruda, da Universidade de Brasília; o professor doutor Augusto César de Mendonça Brasil, diretor-presidente da Finatec,  Valter Casimiro Silveira, servidor de carreira do DNIT e Osório Coelho, da Setec/MCTI.

Anfitrião do evento, o professor Augusto Brasil explica que este é o primeiro passo para a formação de um Hub na área de mobilidade.

“O objetivo é colocar as pessoas em contato para conversar sobre esse assunto e identificar boas práticas. Neste sentido, estamos trazendo o Tiago Farias que já atuou como gestor da empresa de estacionamentos superficial e subterrâneos, além de ter sido do conselho da operadora de ônibus, bondes e elevadores de Lisboa”, explica.

Serviço

O que: Painel Mobilidade Urbana, desafios e melhores práticas: estudos de caso Lisboa e Distrito Federal

Quando: 25 de abril, das 9h às 11

Inscrições: https://www.sympla.com.br/mobilidade-urbana-desafios-e-melhores-praticas-estudo-de-caso-lisboa-e-distrito-federal__1946205?share_id=3q0nu

Onde: Finatec

Painelistas

Prof Dr. Tiago Lopes Farias – Universidade de Lisboa – Instituto Superior Técnico

Profa Dra. Fabiana Serra de Arruda – Universidade de Brasília (mediadora)

Prof Dr. Augusto César de Mendonça Brasil – Finatec (anfitrião)

Valter Casimiro Silveira – Servidor de carreira do DNIT

Osório Coelho – Setec/MCTI

Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

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