Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo: Brasília é a segunda capital do país com o maior consumo de álcool
fevereiro 18, 2025Nesta terça-feira (18) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. O vício em bebidas alcoólicas é considerado uma doença desde 1967 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que as autoridades lidem com o assunto como uma questão de saúde pública.
No Distrito Federal, os consumidores gastaram mais de R$ 650 milhões em bebidas alcóolicas em 2024, segundo dados do IPC Maps, que estuda o perfil de consumidores. Brasília é a segunda capital colocada no ranking de ingestão excessiva por habitantes das capitais do Brasil. Um a cada quatro indivíduos apresentou consumo abusivo de bebidas alcoólicas no ano passado, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico referente a 2023 da Secretaria de Saúde (SES-DF). Brasília só perde para Salvador.
De acordo com o último relatório, de 2023, da OMS, o álcool é responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes anualmente, sendo que os homens representam quase 75% desse total.
ONDE BUSCAR AJUDA NO DF
Um a cada quatro indivíduos apresentou consumo abusivo de bebidas alcoólicas no Distrito Federal, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico referente a 2023, da Secretaria de Saúde (SES-DF).
Atualmente existem sete Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD) que atendem pelo SUS pessoas maiores de 16 anos com intenso sofrimento psíquico decorrente do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas.
Três desses CAPS têm funcionamento 24 horas, incluindo fins de semana e feriados. Eles ficam em Ceilândia, no Setor Comercial Sul e em Samambaia. Os demais, com atendimento diário, ficam nas seguintes regiões: Guará, Santa Maria, Sobradinho, Itapoã e Samambaia.
ÁLCOOL E DIREÇÃO: A UNIÃO FATAL
O número de acidentes de carro envolvendo pessoas alcoolizadas no Brasil é assustador. Em 2021, um ano após a pandemia, o Brasil registrou quase 11 mil óbitos e 76 mil hospitalizações em acidentes de trânsito provocados por álcool. Em 2022 e 2023, a mistura de álcool e direção matou mais de 2.400 pessoas no Brasil. A questão do álcool sempre foi um problema e quando envolve jovens que misturam álcool e direção a situação é mais complicada.
LEI FRÁGIL
As leis no País ainda são muito leves para quem dirige sob o efeito do álcool. Além da apreensão da carteira até o esclarecimento do fato, as multas deveriam pesar mais no bolso dos infratores. E para os que matam, a impunidade é certa. No Brasil, quem dirige bêbado tem praticamente autorização para matar. Ou seja, uma família que é vítima de um “assassino” irresponsável sofre duas vezes.
De acordo com o Artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), multas consideradas infrações gravíssimas podem receber um fator multiplicador de 3,5 ou 10 vezes, de acordo com o risco que o motorista oferece à segurança no trânsito. No caso de embriaguez ao volante, o multiplicador aplicado é vezes 10. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também é suspensa por 12 meses.



