Em algum lugar do passado: alguém lembra dos boxeadores cubanos deportados por Lula?

Por Luciano Lima

Aproveitando o debate sobre o “jogo de cena” e a hipócrita e fingida preocupação com que a mídia militante e o governo Lula estão tendo com os brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos, desde que o presidente Trump foi eleito (enquanto era o Biden ficaram em silêncio), queria lembrar de uma triste história envolvendo o segundo governo Lula e dois boxeadores cubanos.

A grande maioria dos brasileiros não vai lembrar do episódio, mas em 2007, durante a realização dos Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, dois boxeadores cubanos abandonaram a delegação do país para implorar asilo político no Brasil.

Os atletas Guillermo Rigoundeaux e Erislandy Lara queriam fugir da pobreza e dos horrores da ditadura cubana, que sempre teve o apoio e a simpatia de Lula.

E o que o presidente Lula fez? Promoveu uma verdadeira caçada aos boxeadores, que foram encontrados em Araruama, cidade turística da região do Lagos, no estado do Rio de Janeiro, e entregou os atletas à ditadura comandada, na época, por Fidel Castro. Uma atitude desumana e covarde do governo brasileiro que ignorou o drama vivido por Guillermo e Erislandy.

Infelizmente, o Brasil tem essa mancha vergonhosa em sua história.

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista