“Pacto Ecológico” pode ajudar a minimizar o atual sentimento de decepção com a política ambiental do Governo Lula

por Luciano Lima

Com as queimadas na Amazônia batendo recordes seguidos em 2023 e 2024, e com a crescente devastação do Cerrado, considerado a caixa d’água do Brasil, finalmente o governo federal resolveu tomar uma atitude para proteger os biomas brasileiros.

Nesta quarta-feira (21), o presidente Lula assinou o “Pacto pela Transformação Ecológica” em uma parceria que vai envolver os Três Poderes. Governo Federal, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) vão se unir em torno de uma agenda ambiental, climática e sustentável para o Brasil.

Segundo o “Pacto”, o objetivo é fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional como líder global em segurança ambiental, climática e alimentar, aproveitando a vasta biodiversidade, os recursos naturais e a produção agrícola do país com mudanças de paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais para alcançar um desenvolvimento sustentável que beneficie tanto as atuais gerações quanto as futuras.

Vamos esperar que realmente saia do papel. Até agora, decepção é o substantivo (feminino) mais apropriado para definir a política ambiental do governo Lula, ou seja, muitos discursos e pouquíssimas ações na área. As políticas ambientais eram para ser a vitrine da nova gestão petista, que até agora foi marcada por muitas confusões e críticas de todos os lados.

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista