Dívida bruta do Brasil supera R$ 9 trilhões pela 1ª vez, aponta Banco Central

Dívida bruta do Brasil supera R$ 9 trilhões pela 1ª vez, aponta Banco Central

novembro 30, 2024 0 Por editor

A dívida bruta do Brasil, que inclui o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais, superou os R$ 9 trilhões pela 1ª vez na história em outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) no relatório “Estatísticas Fiscais”, do Banco Central (BC). É uma marca inédita e preocupante.

A marca inédita e preocupante, alcançado em outubro de 2024, pode trazer consequências que com certeza vão afetar diretamente o bolso dos brasileiros e a economia nacional.

O valor totalizou R$ 9,032 trilhões, apresentando crescimento de 1,16% em relação a setembro e de 14,13% na comparação anual, conforme dados do Banco Central.

No mês de setembro, a DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) experimentou um crescimento de 1,62%, atingindo o montante de R$ 6,747 trilhões. Esse aumento foi resultado da emissão líquida de títulos no valor de R$ 42,50 bilhões, somada à apropriação positiva de juros, que correspondeu a R$ 64,84 bilhões.

Na mesma linha, os gastos com juros da dívida pública registraram um aumento de 80,3% em outubro de 2024, totalizando R$ 111,6 bilhões. Em contrapartida, no mesmo mês do ano anterior, esses gastos somavam R$ 61,9 bilhões. Consequentemente, o resultado nominal do setor público consolidado apresentou um déficit de R$ 74,1 bilhões em outubro.

A forma convencional de analisar a dívida bruta é em comparação com o PIB (Produto Interno Bruto). Em outubro de 2024, o estoque atingiu 78,64% do PIB, que corresponde ao maior patamar desde outubro de 2021, quando foi de 79,1%. A dívida bruta aumentou 4,22 pontos percentuais em 2024 e 6,96 pontos percentuais no governo Lula.

Além disso, no acumulado de 12 meses até outubro, os gastos do setor público consolidado com juros da dívida atingiram R$ 869,3 bilhões. Esse elevado montante contribuiu para um déficit nominal de R$ 1,093 trilhão no período, equivalente a 9,52% do Produto Interno Bruto.

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