ABBP sobreviveu e se fortaleceu em 10 anos de história

Por Luciano Lima

Nesta segunda-feira, 2 de dezembro, às 15h, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), vai acontecer uma sessão solene em homenagem aos 10 anos da Associação Brasileira de Portais de Notícias (ABBP). A iniciativa é do deputado Roosevelt Vilela (PL/DF).

A ABBP foi fundada em 2014 e este jornalista tem o orgulho e a honra de ter participado da primeira reunião de fundação da entidade, que muitos achavam que não sobreviveria. Está na minha memória a reunião em uma sala da Faculdade Icesp, que naquela ocasião funcionava no Guará I, organizada pelos jornalistas Toni Duarte e Francisco de Paula Lima Júnior, conhecido carinhosamente como Professor Chico (In Memoriam). Estava acompanhando do meu amigo e fundador da Rádio Federal Web, Idovan Araújo.

Apesar de todos os erros, acertos e “guerras travadas”, a ABBP sobreviveu e ajudou a fortalecer a mídia independente no Distrito Federal. É inegável a sua importância por um simples fato: se inseriu de forma inteligente na agenda de democratização da comunicação, que infelizmente está correndo riscos iminentes nos tempos atuais.

Outro fato importante é que os portais de notícias independentes, ou seja, que não estão ligados aos grandes e antigos conglomerados de comunicação do Brasil, “nadaram de braçada” diante da incapacidade da mídia tradicional de se adaptar aos novos tempos e de ouvir “a voz rouca das ruas”. Quando acordaram, já tinham sido “engolidos”! Não têm mais o domínio de outrora. Deixaram de ser donos da informação e da notícia.

Por isso, quero saudar os visionários e corajosos jornalistas José Fernando Vilela (atual presidente da ABBP), Fred Lima, Sandro Gianelli, Toni Duarte (foto) e o saudoso Professor Chico. Todos deram imensas contribuições quando estiveram no comando da entidade.

Precisamos de mais e não de menos jornalismo. De mais e não de menos vozes, rostos e opiniões no debate público. E é bom que esse jornalismo independente seja diverso nas pautas, nos públicos, nos enfoques, nos territórios, nas linguagens e nas formas de financiamento.

*Luciano Lima é historiador, radialista e jornalista