Com a decisão de proibir público no Mineirão, CBF beneficia Palmeiras e prejudica Cruzeiro e Botafogo
dezembro 3, 2024Por Luciano Lima
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não para de mostrar sua incompetência e dar vexames. A entidade “máxima” do futebol brasileiro resolveu “pendurar uma melancia no pescoço” e decidiu que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, válida pela 37ª rodada do Brasileirão 2024 e marcada para esta quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão, será disputada com portões fechados.
Mas será que a atitude da CBF é só incompetência mesmo? O que pode estar por trás dessa decisão? Vamos ao que interessa.
No último dia 27 de outubro, membros da Mancha Alvi Verde, bandidos travestidos de torcedores do Palmeiras, realizaram uma brutal emboscada contra torcedores do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias. Resultado: uma morte e 17 feridos, todos torcedores do time mineiro. Por muito pouco não se transformou em uma chacina. Torcedores do Palmeiras já foram identificados e alguns já se encontram devidamente enjaulados.
O que a CBF deveria fazer? O Cruzeiro foi vítima de uma selvageria que não aconteceu em partida e nem dentro de um estádio com mando de campo do clube. O certo a ser feito era proibir a entrada de torcedores do Palmeiras.
A decisão da CBF prejudica imensamente o Cruzeiro, que está em “batalha” contra Corinthians e Bahia por uma vaga na Pré-Libertadores 2025.
Outro clube que é beneficiado com a decisão da CBF é o Palmeiras, que está disputando o título do Campeonato Brasileiro contra o Botafogo, que joga no mesmo dia e horário em Porto Alegre contra o Internacional.
É uma característica do futebol que nos jogos em casa os times atuem melhor. Com torcedores presentes, os jogadores encontram uma energia extra para buscar resultados, a força de vontade pesaria mais do que atuando no estádio do adversário. Por isso a torcida é considerada o 12º jogador.
Portanto, em uma canetada só, a CBF prejudicou o Cruzeiro e o Alvinegro carioca, que pode conquistar o Brasileirão 2024 já nesta quarta (4).
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista