
A extrema-esquerda brasileira está revoltada com o agora “ativista de extrema-direita” Zuckerberg
janeiro 8, 2025Por Luciano Lima
A decisão do bilionário Mark Zuckerberg (que até ontem era o queridinho das esquerdas), presidente da Meta, e que até “ontem” era o queridinho das esquerdas, de encerrar o sistema de verificação de fatos e as restrições a publicações em suas plataformas, como o Instagram e o Facebook, estão deixando os ativistas da extrema-esquerda à beira de um ataque de nervos. E, por favor, não sejamos hipócritas: estavam usando essa checagem para censurar mesmo. Só vale o que a turma da “canhota” apoia ou pensa.
A maior prova, ou melhor, o maior de todos os “recibos” de que o governo Lula quer realmente controlar as redes sociais foi passado pelo secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), João Brant, que ficou furioso com a decisão da Meta. Quando Zuckerberg disse que “tribunais secretos” da América Latina “ordenam remoção silenciosa de conteúdos” em redes sociais, Brant “levantou o braço” e disse que era uma indireta para o Supremo Tribunal Federal (STF). Como ele adivinhou? Como pode uma “carapuça servir” tão bem.
Venezuela, Cuba e Bolívia, regimes autoritários apoiados pelo Governo Lula, são bons exemplos do que acontece quando o Estado controla a imprensa e as redes sociais. E pode pesquisar que os discursos e as desculpas para justificar a censura são os mesmos.
E, mais uma vez, não sejamos inocentes. A grande verdade é que o Lulopetismo teme que a moderação de conteúdo feita pelos próprios usuários comprometa as narrativas de esquerda. A “turma da canhota”, com ajuda de setores da justiça e da imprensa, precisa continuar dominando a informação e fazendo com ela o que eles bem entenderem. Será que fui claro?
Só para refrescar a memória: em outubro de 2024, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleise Hoffmann, disse que caso a regulação das redes sociais não fosse implementada a esquerda iria “continuar sendo massacrada”. Nem precisa desenhar. Ou precisa?
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista