Concessões renovadas

O GDF renovou os contratos de concessão de duas empresas para exploração do serviço de transporte coletivo. Estamos falando da Marechal e da Urbi. As duas empresas ganham 10 anos de direito de explorar o sistema. As duas operam 11 regiões administrativas (Taguatinga, Águas Claras, Samambaia, Riacho Fundo 1 e 2, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Guará, Gama, Ceilândia e Águas Claras.

Os contratos iniciais foram assinados há uma década, ainda no governo Agnelo Queiroz. São José e Pioneira já tiveram os contratos renovados, sendo que a primeira por 6 meses apenas. O tempo de renovação depende do cumprimento das cláusulas contratuais. De acordo com a Semob, ao renovar 100% da frota, a Pioneira qualificou o serviço e tem mais 10 anos de concessão.

Polêmica

As renovações de Urbi e Marechal causaram controvérsia e imediatamente, o secretário de transporte e mobilidade, Flávio Murilo, foi à Câmara Legislativa. O presidente da comissão que trata do tema na CLDF, Max Maciel (PSOL) questionou os critérios para as renovações, uma vez que não há certeza sobre o investimento em renovação das frotas. Maciel pediu a criação de uma central de controle da secretaria para atuar junto às empresas para que seja avaliada a qualidade do serviço.

“infelizmente, não temos a garantia se as empresas, de fato, tenham trocado a frota. Essa é uma falta de transparência que existe das empresas com a Semob e da pasta com o legislativa” – Max Maciel, presidente da Comissão de Mobilidade da CLDF

Histórico

No caso específico da Marechal, a Comissão de Mobilidade da Câmara Legislativa tem recebido denúncias sobre a qualidade dos veículos e sobre falta de compromisso com manutenção. Aqui, cabe uma pergunta. A empresa alega estar enfrentando problemas financeiros que comprometem os investimentos. Diz que a operação é deficitária e pede recorrentemente aportes do GDF para salvar as contas. Diante de um quadro assim, qual a vantagem em renovar a concessão? Seria uma estratégia para manter prejuízos por mais 10 anos?