Professores não cedem e negociação começa pelo Legislativo
maio 9, 2023Primeira rodada
Conforme antecipado aqui no VP (confira aqui), os deputados distritais entraram na negociação pelo fim da greve dos professores. O movimento começou na semana passada. Mesmo com ordem judicial de aplicação de multa e corte de ponto dos grevistas, muitas escolas tiveram as aulas suspensas total ou parcialmente nesta segunda-feira. Por isso, representantes do Sinpro-DF foram recebidos em uma reunião nesta segunda-feira. Uma nova reunião está marcada para a quarta-feira, na Casa Civil.
“A greve é o último recurso para forçar o governo a negociar.” – Dep. Gabriel Magno (PT), presidente da Comissão de Educação da CLDF
Judicialização
De acordo com o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luís (MDB), havia um acordo de que o governo não entraria na justiça contra a categoria. A decisão do TJDFT de ontem, foi um movimento fora do que as partes haviam acertado. Ao mesmo tempo, o Sindicato dos Professores argumentou que, ao contrário da sentença, o movimento é legítimo, pois busca reposição de perdas acumuladas nos últimos anos. Treze deputados participaram da reunião da tarde.
“Essa greve não faz o menor sentido.” -Ibaneis Rocha
Governo
Hoje cedo, o governador Ibaneis Rocha disse que as negociações sempre estiveram abertas. Criticou a posição do Sinpro-DF a qual classificou como radical. Outro ponto defendido pelo GDF é que as negociações sejam retomadas com as aulas em andamento. Este é um dos pontos a ser defendido pelo governo no encontro marcado para a Casa Civil, na quarta-feira.
Sindicato
A direção do Sindicato apresentou alguns dados que pretende levar adiante nos próximos encontros. Um deles é o valor do vencimento básico da categoria. De acordo com o DIESSE, entre as 29 categorias de servidores públicos do Distrito Federal, os professores estão na 28ª posição em nível do salário-base. Só estão a frente dos Assistentes de educação (também do mesmo segmento). Outro ponto importante é o número de profissionais em contrato temporário em relação ao todo. Conforme informado pelo Sinpro-DF ao VP, dos 22 mil professores em sala de aula, 14 mil não são efetivos e “trabalham sem garantias e sem dar continuidade na escola onde estão alocados” – disse a diretora, Luciana Custódio.
Foto: Carlos Gandra/CLDF