Sindicato reage e diz que greve está mantida
maio 8, 2023Semana começa com tensão entre governo e professores
O Sindicato dos professores do DF decidiu manter a greve que começou na semana passada mesmo depois da decisão judicial que classificou o movimento como abusivo. Em sentença do Tribunal de Justiça do DF e Territórios, a ordem de retorno é imediata sob pena de multa de R$ 300 mil por dia de descumprimento, além de corte do ponto dos servidores que não voltarem ao trabalho.
Em documento publicado depois da ordem judicial, o Sinpro-DF alega que protocolou sete ofícios solicitando reunião com o governador, Ibaneis Rocha, mas não foi recebido. Em um trecho do documento o sindicato reforça que a greve foi uma decisão da categoria depois de duas assembleias e que só uma deliberação semelhante pode encerrar o movimento.
“O comando de greve reafirma que quem define o fim da greve não é o poder executivo nem o poder judiciário, mas sim, os trabalhadores e trabalhadoras reunidos em uma assembleia geral.” – Sinpro-DF
Calendário
Oficialmente, o calendário está mantido. A próxima assembleia está marcada para quinta-feira (11), às 9h30. O VP conversou com dirigentes do sindicato sobre o impasse com o governo. Um dos pontos que gerou mais atritos com o GDF foi o dado passado pelo governo de que o salário-base dos professores passaria a R$ 6,5 mil mensais. De acordo com, os dirigentes, o dado não é verdadeiro. O salário-base atual é de R$ 4.229,99 e só chega aos R$ 6,5 mil nos casos onde há incidência de gratificações que são variáveis e não são pagas a todos os professores.
A questão, agora, é saber como os professores reagirão à ordem de corte de salários para os que faltarem ao trabalho por adesão à greve. O peso no bolso pode ter força suficiente para reabrir as escolas e impor ao sindicato uma derrota política importante.
Foto: Zé Cruz / Agência Brasil
