Eixão do Lazer: Democrático sim! “Casa da Mãe Joana” não!
setembro 2, 2024*Luciano Lima
Costumo dizer para meus filhos que o “meu direito termina onde o do outro começa”. Para viver em sociedade é preciso entender sobre leis, direitos e deveres. Já imaginou viver sem leis ou regras? Seria um completo caos. Mas, acreditem, é assim que muitos gostariam de viver.
Neste último domingo, 1° de setembro, Brasília foi sacudida por uma discussão que facilmente seria evitada se vivêssemos em uma sociedade mais civilizada e que as leis fossem respeitadas. Quero abrir um parênteses para dizer que estão tentando implantar no Brasil um curto circuito conceitual de democracia com tolerância irrestrita. Ou seja, querem implantar a todo custo uma sociedade do tipo “a Casa da Mãe Joana”, onde tudo pode.
O Eixão do Lazer foi um espaço criado para deixar o concreto de Brasília muito mais alegre e colorido aos domingos. Milhares de pessoas saem de casa para ocupar uma via de 14km (Asa Sul e Asa Norte) na região central da capital do país para caminhar, pedalar, praticar exercícios, passear com o pet, ouvir música, tocar com os amigos e até ganhar dinheiro, como é caso dos ambulantes que são cadastrados previamente pela Administração de Brasília.
Na manhã deste domingo (1°) uma fiscalização promovida pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do DF, o DF Legal, foi realizada no “Eixão do Lazer” para verificar a ocupação de área pública e a conformidade com as atividades permitidas para aqueles que possuem licença. E, é claro, foram encontradas muitas irregularidades. E a turma da “ilegalidade” achou logo um discurso pronto para tentar justificar os seus próprios erros: “Foi repressão”. E o discurso caiu fácil na boca dos aproveitadores de plantão, aqueles que adoram se comportar como coquetéis molotovs ambulantes e semear tempestades para colher catástrofes.
Quero resumir esse episódio no Eixão do Lazer dizendo que é preciso haver regras para convivência de todos. Um bom espaço público é aquele que reflete a diversidade e estimula a convivência entre as pessoas. E para que tudo isso aconteça é preciso ter regras de convivência. Espaço público não é a “Casa da Mãe Joana”.
Também acredito que quanto mais diversificados e vivos os espaços de uma cidade, menos desigual e mais rica e democrática torna-se a sociedade. E para que tudo isso aconteça é preciso ter regras de convivência. Espaço público não é a “Casa da Mãe Joana”.
Se você parar para pensar, sem regras nosso dia a dia seria um caos. Nem todo mundo está preparado para conviver em uma sociedade sem regras e controles.
É utopia a sociedade perfeita e sem regras. A evolução humana, principalmente no Brasil, infelizmente não nos permite sermos guiados por nossa ética e consciência. Até porque, muitos não têm.
Sugiro que o Governo do Distrito Federal defina regras claras para o Eixão do Lazer com todos os envolvidos. Tem que chamar ambulantes cadastrados, músicos e os Conselhos Comunitários da Asa Sul e Asa Norte.
É preciso definir regras de convivência e ocupação dos espaços públicos no Eixão do Lazer. Não pode ser a “Casa da Mãe Joana”. O poder público legalmente constituído não pode abrir mão de um centímetro na odediência das leis para fazer valer regras de boa convivência no espaço.
Quantos aos ambulantes, não pode ser a “Casa da Mãe Joana”. Tentar ganhar o seu “pão de cada dia” não pode ser uma desculpa para desrespeitar leis. Sugiro novamente que o GDF faça um rodízio dos ambulantes cadastrados e identifique locais estratégicos para implantação de “praças de alimentação” e para apresentações culturais.
E finalizo deixando um recado: não transformem o debate sobre as regras de convivência no “Eixão do Lazer ” em uma disputa política. Seria uma imensa covardia com um dos espaços mais lindos e democráticos de Brasília. Vamos priorizar a legalidade, a ordem e a organização.
*Luciano Lima é historiador, jornalista, radialista e frequentador do “Eixão do Lazer”
Texto horrível!
Sem dados, muito repetitivo!
Os projeto de Chorinho no Eixo e semelhantes não tem nada de “Casa da Mãe Joana”.
São espaços familiares, de cultura e encontro dos brasilienses!
Que artigo infeliz. Se tivesse se informado melhor, veria que a ação do DER foi extremamente descabida, pois desrespeitou ate aqueles que ja tinham autorização. E SUSPENDEU a emissao de novas autorizacoes. Transformou o Eixao do Lazer no eixao do Desprazer. Sem agua de coco, sem lugar para sentar, sem musica, sem lazer.
Parabéns pelo seu exemplar texto sobre o Eixão do Lazer. Concordo plenamente com suas sugestões.
Tenho visto muitos abusos na ocupação dos espaços. Observo também que os veículos transitando pelos eixos leste e oeste têm que ter atenção redobrada.
Falta uma sinalização de tempo para travessias das pistas dos eixinhos pelos pedestres. Outrossim, ampla extensão dos gramados laterais viraram estacionamentos de centenas de veículos, destruindo o gramado.
Casa da mãe Joana é esse governo do DF, onde a segurança mão protege ninguém, a secretaria de saúde não cuida de ninguém, a secretária de Cultura quer acabar com as poucas atividades culturais democráticas e se graça para o povo. Só falta agora começarem a cobrar ingressos…e por ai vai…