
“A Doze”, um “Vietnã” que sempre explode em nossas memórias
dezembro 11, 2024* Luciano Lima
Existem situações e histórias que nunca saem da nossa memória. Eu nunca esqueci o dia, em meados dos anos 80, que estava na 312 Norte saindo do apartamento do meu tio Genésio em direção ao do meu tio Zacarias e fui abordado por cerca de cinco jovens da famosa e temida “Turma da Doze”. Só não tomei um grande “sacode” porque um dos integrantes do grupo me reconheceu e disse: “É primo do Armadinho e do Rômulo”.
É impossível ter vivido a superpopulosa 312 Norte sem ter uma boa história para contar, mesmo sem ter sido morador, que é o meu caso. Apesar do susto que passei quando adolescente, tenho boas lembranças da quadra que abrigou com muito carinho os meus tios Armando, Genésio e Zacarias e todas as minhas tias e primos.

A superpopulosa 312 Norte será mais uma vez celebrada na noite desta quarta-feira (11), a partir das 19h, no lançamento do livro “A Doze” no restaurante Beirute, da 107 Norte. O autor do livro é meu amigo Lourenço Dutra, que viveu na “Doze” entre 1966 e 1997.
Tenho absoluta certeza que será uma noite mágica para celebrar uma quadra com lindas histórias e causos que reforçam a sua importância para a história de Brasília. Como esquecer o “Panelão da Arte”, que ajudou a movimentar o cenário cultural de Brasília nas décadas de 80 e 90. O nosso “Vietnã” do cerrado será sempre uma explosão em nossas memórias.
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista