Prefeito do Rio resolveu entrar na fila para alimentar um inconformismo covarde contra Brasília

Por Luciano Lima

Eduardo Paes (foto), prefeito do Rio de Janeiro, a ex-“Cidade Maravilhosa”, parece que não administra uma cidade corroída pela violência e onde crime está quase abrindo um “palácio” para instalar um “governo paralelo”.

E como se não tivesse nenhum problema para resolver, Paes decidiu alimentar o velho inconformismo carioca com a perda do posto de capital brasileira. O prefeito do Rio quer que a cidade seja reconhecida oficialmente como a “Capital Honorária do Brasil” e como cidade federal. Paes acha que não houve as compensações financeiras justas com a transferência da capital do Brasil para o Planalto Central. Ou seja, quer realmente pendurar uma grande melancia no pescoço.

A atual situação da cidade do Rio não a qualifica nem para ser uma segunda capital do Brasil, como até existe em alguns pouquíssimos países do mundo. Pelo contrário, não seria nenhum absurdo, diante do atual quadro de criminalidade da cidade, uma intervenção federal na segurança pública.

A transferência e a construção de Brasília foi uma decisão estratégica e planejada durante alguns anos. A mudança, idealizada pelo então presidente Juscelino Kubitschek, redescobriu o Brasil promovendo uma integração com as regiões mais distantes do litoral. O Brasil parou de olhar para o mar como se sentisse saudade dos navios negreiros.

A grande verdade é que o Rio de Janeiro não conseguiu se ajustar e se organizar com a fusão do Estado do Rio com a Guanabara, antiga capital da República. Pelo contrário, seus representantes no Congresso também se comportaram por décadas como se o Rio ainda fosse o centro do País e não precisasse se preocupar com os interesses regionais.

Fato, nos tempos atuais, é que Eduardo Paes é mais um em uma fila covarde de políticos que decidiram questionar nos últimos anos a importância de Brasília para o Brasil. Aliás, desde que o Lula assumiu o comando do Palácio do Planalto, a cidade sonhada por Dom Bosco vem sofrendo ataques e questionamentos absurdos. O que realmente estaria por trás de tudo isso?

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista