Bom dia (segunda)

Bom dia (segunda)

maio 8, 2023 0 Por editor

De olho nas escolas

A semana começa com todos de olho nas escolas públicas do DF. Neste domingo, a justiça decidiu pelo retorno imediato dos professores ao trabalho sob pena de multa diária para o Sinpro e corte do ponto dos profissionais que não forem às escolas (confira a nossa reportagem aqui). Em geral, o dinheiro resultante das penas aplicadas aos sindicatos não são pagas, pois são inexequíveis. As categorias não dispõem desses volumes guardados debaixo dos colchões. Por outro lado, o corte do ponto de quem aderir ao movimento pega pesado no bolso de cada um. Aqui, muitas vezes, a ideologia perde espaço para o pragmatismo. O GDF concedeu reajuste de 6% aos professores e esse dinheiro deve cair na conta em junho. Não é o valor desejado pela categoria, mas daí deixar o reajuste e amargar corte de salário para os dias em falta é esperar muito da militância. No mundo ideal, as causas coletivas poderiam ser discutidas livremente, mas na vida real manda mais quem pode mais; obedece quem tem juízo. O VP conversou com alguns professores neste domingo e o desânimo era flagrante.

Aumentando a pressão

Para completar o contexto de pressão sobre a greve dos professores, o GDF pediu à justiça o pagamento de multa de R$ 3 milhões pela paralisação realizada em 2017. Os advogados do SinproDF já têm conhecimento do pedido e da sentença sobre a greve atual. Na prática, é muito difícil obter os valores das multas, mas é mais um elemento a favor do governo na negociação. Em geral, negocia-se o retorno às atividades e, em troca, retiram-se da justiça os pedidos de pagamento de indenização.

Marina com Covid

A ministra do meio ambiente, Marina Silva, está internada para acompanhando do quadro de saúde. Ela deu entrada no Instituto do Coração, em São Paulo, no sábado. Ao dar entrada, a paciente relatou coriza, tosse e mal estar. O quadro atual é estável e em evolução, mas a orientação foi pela internação para acompanhar a recuperação. O teste para Covid deu positivo e somou-se à sinusite. De acordo com o boletim médico, os pulmões não foram afetados.

G7 e o dilema brasileiro

O Brasil foi convidado para a cúpula do G7 (grupo das 7 maiores economias mundiais), mas a participação segue indefinida. O encontro será na segunda quinzena de maio em Hiroshima, Japão. Os encontros internacionais são importantes em termos geopolíticos e dão oportunidade para os países exporem suas posições a situação global em diversos temas, como meio ambiente, comércio, política, segurança e economia. O mais importante no momento é saber o que será esperado do Brasil (ou imposto) para que o país possa participar dos eventos principais. Evidentemente, a questão da Ucrânia é definidora do quanto o Brasil terá de liberdade para expor-se internacionalmente na Cúpula. A viagem de Celso Amorim à Kiev tem relação direta com isso. O presidente Lula tem defendido a posição equidistante entre Rússia e Ucrânia, optando por sugerir a criação de um grupo de nações pela paz. A ideia é uma inovação em relação ao movimento inicial de posicionar-se contra ou a favor dos movimentos de Vladmir Putin. A questão é saber o que Amorim trará na bagagem para que a diplomacia brasileira trabalhe a posição oficial no G7.

Foto: Paulo Sales / acervo VP

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